Silvia

 

Olá pessoal! Meu nome é Silvia e sou da Eslováquia. Hoje com grande gratidão posso dizer que ressuscitei! Minha infância vivi com pais biológicos, por 11 anos. Eu tenho uma irmã mais velha que eu, mas ela foi para adoção. Meus pais bebiam muito e não cuidavam dela. Eles nunca viam isso, até os dias atuais.silvia 1
Como minha família era pobre, não tínhamos muitos bens materiais, então me sentia diferente e inferior aos outros amigos, diferente porque certas coisas eu não poderia ter. Eu sempre fui muito apegada ao meu pai, sentia que ele tinha uma atenção especial por mim e foi ele quem cuidou de mim. Minha mãe não podia, porque ela tinha um sério problema de saúde. Ela havia sofrido um acidente que lhe causou muitos problemas mentais. Então, meu pai era responsável por mim e minha mãe.

Aos 11, meus pais se divorciaram. Eu me senti confusa em meus sentimentos por eles, não sabia quem mais eu amava, se era minha mãe ou meu pai. Quando chegou a hora de decidir com quem ia vou morar, Deus me apresentou a uma senhora, chamada Eva, que já tinha seus 3 filhos biológicos. Ela assumiu o controle da minha vida e eu fui morar com ela. Minha vida a partir deste momento começou a mudar. Já não podia fazer tudo o que queria, ir para casa quando queria, mas respeitava as regras. Isso foi muito difícil para mim. Não me sentia livre porque liberdade para mim significava fazer o que eu quisesse. Tive muitos confrontos com a nova família, e demorei muito a compreender que se tratava de um amor verdadeiro, que sempre exigiu de mim melhor.

Minha adolescência era bastante rebelde. Eu estava tentando ser boa na escola e estudar, nunca fui o tipo de pessoa que vai a clubes e bares. Sempre preferi ficar em casa com os outros irmãos e irmãs, que "mamãe Eva" havia acolhido. Foi assim que, ficando em casa, várias vezes, cansei de viver sempre as mesmas coisas como fazer a lição de casa, limpar e ouvir os conselhos da “mamãe Eva”. Na época, eu ainda não conseguia entender que ela me corrigiu para o meu próprio bem. Tudo o que ela falava comigo, justificava repetindo que ela não me entendia. Nesse período fiquei me perguntando se minha vida sempre seria assim, “você sempre faz as mesmas coisas?”. Senti dentro de mim uma grande insatisfação e cansaço. Me senti perdida e abandonada, sozinha para viver minha vida. Mesmo tendo uma família e tudo de que precisava, não sabia o que fazer da minha vida.

silvia 2Pela primeira vez, encontrei Madre Elvira na inauguração da fraternidade masculina na Eslováquia. Madre Elvira me convidou a entrar na Comunidade. Passados ​​7 anos desde este momento, finalmente entrei na Comunidade, na fraternidade de Spinetta. Eu estava muito orgulhosa e lutava para aceitar a verdade de mim mesma, precisava me desconectar.

Voltei para a Eslováquia para pensar e orar, para encontrar a resposta sobre o que queria fazer na vida. Na verdade, senti que a Comunidade tinha sido uma luz para mim e não queria perder as coisas bonitas que encontrei e experimentei. Por isso voltei à Comunidade com o coração mais disponível, mais aberto à vontade de Deus, desta vez em Savigliano, onde graças a Deus abri o coração e baixei o orgulho. Irena, responsável pela casa, me ajudou muito a ser mais determinada, verdadeira e eu mesma. Lá eu entendi que Deus estava me chamando para ir para a missão. Quando disse "sim", senti paz em meu coração e sabia que era a coisa certa. Pela primeira vez na vida, tomei uma decisão em minha liberdade.

Vim para a missão na Bahia e minha vida assumiu uma dinâmica diferente. No começo foi difícil me acostumar com tudo: país novo, cultura diferente, clima, mas continuei a perseverar a minha escolha de chegar aqui, me acostumei. Agora, passados ​​dois anos, sinto uma grande vontade de continuar. Convivendo com crianças e adolescentes estou curando as feridas da infância tanto no abandono de meus pais, em sentimentos confusos, em perdoar, servir e amar.silvia 3

São eles que me dão força para não reclamar do meu passado e entender que são os filhos que viveram pior do que eu. São eles que me ajudam a me sentir cada vez melhor, a não me incomodar e a pensar sempre nos outros e a doar. Às vezes é difícil porque vejo que ainda sou egoísta, mas Deus me fez entender que mesmo que você cometa um erro, você sempre pode começar de novo.
No perdão, eles são os mestres porque perdoam rapidamente e não precisam de tanto tempo quanto eu. Vivem comigo muitos momentos bons e fortes. Somos como uma grande família, principalmente agora na época do Corona vírus, quando temos mais tempo para compartilhar, nos conhecer, estar juntos no trabalho e no que é mais importante: a oração. É bom ver os passos que estão dando para serem mais verdadeiros consigo mesmos e com os outros. Passamos muito tempo juntos jogando bola ou volleyball, sinto que a maternidade e o amor despertam em mim os sentimentos com que sempre me esforcei tanto, e que agora se curam, sinto que estou melhorando.

Agradeço a Deus e à Comunidade pela confiança que depositam em mim. Obrigada porque posso ficar aqui porque sei que agora sou feliz e a minha vida tem um sentido. Vale a pena servir porque te dá alegria.

 

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