Alan

 

Olá, me chamo Alan e tenho 32 anos. alan2
Antes de conhecer a Comunidade, eu me envolvi com álcool e drogas, não tinha uma boa relação com meu pai, às vezes discutíamos e ficávamos muito tempo sem nós falar.
Com minha mãe e minha irmã era diferente, tínhamos uma relação melhor. Elas sempre falavam comigo e tentavam me ajudar, mas eu era uma pessoa muito fechada e tímida, não me abria e no orgulho me fechava, não os escutava e fazia sempre o que queria. Eu pensava que a vida era só brincadeira e nunca levava nada a serio. Sempre desistia das coisas e procurava sempre o mais fácil, tive uma vida cômoda e assim foi por 10 anos. Por fim, acabei com a depressão de não conseguir nada na vida e pensava que não conseguia mas viver, porém minha mãe nunca desistiu de mim, foi dura comigo e perguntou se eu queria ajuda, então aceitei e ela encontrou a Comunidade.
Eu fui, com muita coragem e entrei na fraternidade "Santa Terezinha". Me senti acolhido, gostei da casa a principio, depois vieram as dificuldades, estar pela primeira vez longe da minha família e ser acompanhado todo tempo por um rapaz que faz seu anjo da guarda, para uma pessoa que sempre estava nas ruas quando queria, fazia o que tinha vontade, era difícil de aceitar.
Na Comunidade aprendi a rezar o terço, ter horário para tudo e compartilhar como vivo no dia a dia. Recebi responsabilidades que me mantinham ocupado, que me faziam doar mais o meu tempo e me ensinavam que eu podia dar um pouco mais de mim, mesmo quando não queria. Porém, eu ainda não estava pronto, minha mente me enganava, me fazia acreditar que já tinha passado tempo suficiente em Comunidade, então meu responsável me propôs uma transferência de casa, a princípio tive medo e não quis, mas depois me arrependi e aceitei.
Fui para casa de Jaú, um ambiente novo com pessoas novas, um terreno maior e bonito.
Nesta casa aprendi a valorizar mais a coisas, por ser uma fraternidade com mais rapazes a providência era mais escassa, mesmo que nunca nos faltasse. alan 2Aprendi a valorizar a comida, vivi situações que mexeram com meu orgulho, fiz amizades, recebi outras responsabilidades. Meu responsável era duro e exigia muito de mim, eu ainda tinha muitas dificuldades e desistia rápido. Ele me ensinou a sempre dar mais de mim mesmo quando parecia que eu não podia. Fiz uma grande amizade com ele, era uma pessoa que eu confiava muito e compartilhava todas minhas dificuldades. 
Um dia recebi a visita de minha família, duas semanas antes do retiro onde nos encontraríamos, vieram para me trazer uma noticia difícil: minha avó havia falecido. Então fui liberado para minha verifica, onde pude ver minha avó pela última vez. Estava contente de estar com minha família, porém não acreditava na situação, eu era muito próximo dela, minha avó era como minha segunda mãe, e ver ela pela última vez foi uma situação que deixou mais forte, me deu coragem para seguir meu caminho comunitário. Nesse período percebi que minha mãe e minha irmã estavam mais próximas, eu já não tinha medo de me abrir com elas, falava tudo o que me passava e procurei respeitar seus horários em casa, revi um velho amigo e alguns familiares. Sempre convidava minha família para rezar comigo, coisas que nunca fiz anteriormente. Durante a verifica, notei algumas mudanças em mim, porém ainda tinha um longo percurso a percorrer.
Voltei a Comunidade e logo minha rotina retornou ao que era, ainda tinha minhas dificuldades do dia a dia até que meu responsável me fez uma proposta: abrir uma casa no Paraguai. 
Ele me deu alguns dias para pensar, tive medo e ao mesmo tempo fiquei contente.
Fui escolhido para isso, ele disse que iria ser bom para que eu enfrentasse meus medos e crescesse nas coisas que não cresci em Jaú. alan 3
Iria conhecer outra cultura, aprender outra língua. Então segui meu caminho confiando, até que o grande dia chegou, eu iria ser transferido.
Voltei a Santa Terezinha e participei de um retiro espiritual na missão, lá vivi um momento intenso de oração e catequeses que iam me ajudar no meu caminho comunitário.
Então viajamos para o Paraguai. Quando chegamos, havia uma linda casa em um grande terreno a ser explorado, era uma casa muito esperada, sentia aquela nostalgia de iniciar algo novo. Éramos um grupo novo, totalmente mesclado que iniciava os trabalhos da fraternidade “São Miguel Arcanjo”. Haviam várias tarefas, limpeza da horta, organização da casa, e construção da capela. Participando dessa obra conheci Argentinos, um Peruano, Paraguaios e Italianos. Experimentei algumas comidas diferentes não só paraguaias, mas todas nacionalidades que haviam em nossa casa. Tive um pouco de dificuldade na comunicação com eles e principalmente com italiano, mas aprendemos juntos, eu me esforcei para compreender e com o passar do tempo todos nos entendíamos. Nessa casa, tive que superar não somente o calor, acabei me confrontando com um irmão que no Brasil nunca tive problema, e também com meu responsável de horta, fazendo com que eu saísse de mim. Descobri que o povo Paraguaio eram de muita oração. Tínhamos uma comunidade vizinha que nos convidava para adoração, eu via a grande fé que eles tinham. Também lá, aprendi a cozinhar. Nessa casa precisei muito ir ao encontro das pessoas para falar o que me incomodava, aprendi a ver minhas incoerências, descobrindo minhas pobrezas. Cada vez mais exigiam de mim, me cobrando por ser velho de casa, me ensinando a ser mais responsável.
No Paraguai tive a surpresa de fazer experiência (um tempo que passei junto) com meu pai, pude mostrar o que vivo a ele e também tive a oportunidade de nos aproximarmos mais.
Pude participar de recitais com música e gestos com os amigos da casa e com as crianças,
algo que lá fora tenho certeza que não viveria. Foi uma casa que vi crescer pouco a pouco, uma linda capela que ajudei mesmo que de simples formas. Não me esqueço, no altar da capela havia um desenho com Adão, Eva e Jesus,alan 4 que representava a criação, perdição e salvação.
Foram momentos que vivi que me fizeram sair de mim mesmo, que mexeram com meu orgulho. Minhas emoções mudaram, minha maneira de pensar, e fez com que nascessem novos desejos no meu coração. Descobrindo que cada dia tenho que crescer, e que amar e servir nos faz bem.
Foram 3 anos de vida, 3 anos de experiências de vida.
Hoje vivo em Comunidade, sinto que minha família confia mais em mim e os sinto mais próximos de mim, sei que apoiam minha decisão de seguir meu caminho, e sei que tudo isso que aconteceu é um verdadeiro dom de Deus na minha vida.

 

 

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