Outubro - mês do Rosário |
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Vivemos a colheita de outubro na Igreja Católica como mês missionário, mas também como mês do Rosário. Em nossa Comunidade, o Rosário ocupa um lugar particular; esta oração simples e poderosa é uma das linhas em que se insere o caminho de fé que o Cenáculo propõe aos jovens para reconstruírem a sua vida. Madre Elvira, ainda no início de nossa história, percebeu que os jovens perdidos no mundo dos vícios devem oferecer a oração e a fé como alicerce de vida. A oração do Rosário vivida com o coração é sempre um caminho que nos conduz a Jesus, que nos ensina a passar e a contemplar os momentos cruciais da vida de Jesus junto com a sua Mãe e que nos protege eficazmente do mal. A amizade com Maria é muito importante para muitos jovens e famílias ressuscitadas de nossa Comunidade.
NA "ESCOLA DE MARIA"
Hoje nos lembramos de Nossa Senhora Aparecida, a fiel padroeira do Brasil. É uma oportunidade para nos colocarmos na "Escola de Maria" e redescobrir a presença discreta e humilde da Virgem Santíssima ao nosso lado, a sua amizade e a sua maternidade, e renovar a nossa confiança a Ela, certos de que é o caminho seguro que nos conduza a Jesus!
Maria é mãe, mas sua vida também é "escola"; Maria é Mãe e Mestra. A Igreja a chama assim: "Mater e Magistra".
A nossa Comunidade sempre viveu um grande amor por Maria, que não só é sentimental, mas quer olhar para Ela para aprender e viver como Ela. Podemos dizer com certeza que Nossa Senhora e Madre Elvira são duas grandes amigas, duas irmãs que realmente se amam. Se pensarmos em Madre Elvira, temos nela, de forma pequena, essa realidade: ela é mãe, mas também professora. Não porque ele se senta atrás da mesa e ensina; Madre Elvira nunca o fez. Mas porque sua vida te ensina, ele te acompanha em sua jornada. A ancestralidade cristã é materna bem-vinda e ensino, testemunho. Mesmo a Comunidade, pequena imagem da Igreja, é para nós mãe, mas também professora: é uma família que te acolhe, mas é também uma escola onde se aprende o "trabalho" da vida. É assim que Madre Elvira sempre quis chamá-la desde o início: uma "escola de vida". Portanto, vamos à escola de Maria, para aprender dela a viver com Deus. A vida de Maria é uma verdadeira "escola de vida", "escola de amor", "escola de liberdade".
Quando Maria em liberdade disse "eis me aqui", quando disse "sim" a Deus, toda a humanidade dançou de alegria porque o "eis me aqui" que deu àquela menina permitiu que o amor de Deus estivesse presente, vivo, real entre nós por Jesus. Maria é a imagem e modelo da Igreja e daquilo é que a nossa vida deve responder sim a Deus para viver a liberdade plena e quando a vida do homem diz sim a Deus, Ele é feliz, dança de alegria. O desejo de Deus é que nossa vida seja feliz. É o desejo de um bom Pai que quer ver seus filhos felizes e sabe que quando dizemos sim a ele, não só o fazemos feliz, mas somos felizes porque seu amor é a nossa alegria; sua vontade é nossa verdadeira liberdade; seus desejos são o que verdadeiramente dão fôlego e realização à nossa vida.
Maria disse “eis me aqui”, que até a nossa vida é chamada a dizer em diferentes tempos e momentos da vida: "Não tenhas medo, o Espírito Santo descerá sobre ti": Deus também o diz a mim, a ti, a nós hoje. Existe o amor de Deus que te acompanha, te sustenta, te guia. É esse amor aí que te tranquiliza ao dizer o nosso “eis me aqui”. Não é a nossa força, não é compreender tudo, não é saber tudo, mas é a certeza de que o amor de Deus estará conosco, descerá, habitará em nós e nos acompanhará no caminho da vida. Maria acolhe a ação do Espírito Santo e o que acontece a seguir? Maria levantou-se e foi ... Na vida de Maria começa uma viagem em direção à montanha. Não é um caminho fácil. O caminho que se inicia é o caminho da fé, caminho da vida doado ao Senhor e doado aos irmãos, e é um belo caminho para a montanha: Ela sobe e nos faz subir. Mesmo assim, Maria sobe "rapidamente" porque Ela carrega Deus em seu ventre. Começa a envolver a humanidade, você começa a percorrer as ruas do mundo, começa a abençoar os lugares, começa a tocar os corações, começa a trazer aquela alegria que Deus veio nos dar. De vez em quando Madre Elvira nesta época de sua vida faz um movimento com a mão como se dissesse: “Vamos! É a solicitude, a velocidade da vida, o convite a não parar.
Nós também estamos a caminho. Dizemos que estamos no caminho da Comunidade! Muito bem! Mas você pode ficar "sentado" por dentro, em uma poltrona! Você pode estar "deitado" no chão às vezes, ou seja: você não anda por dentro. Vamos tentar perguntar: "Estou entrando? Eu ando? Eu sinto minha vida interior caminhando? Como anda minha fé? Como anda meu amor? Como anda meu relacionamento com Deus?". Devemos caminhar, crescer e amadurecer.
Se pensarmos em Madre Elvira neste momento também temos um “ícone” muito bonito: uma mulher que nos faz andar, mas também uma mulher que anda! Uma mulher a caminho, sempre! Conosco! Sempre foi um serviço vivido com alegria que nos fez caminhar, superar dificuldades, encontrar pessoas ... e nunca ficar parados!
Quando a vida se encontra com o Senhor, algo irrompe dentro de nós e que a vida vai para os outros. Os missionários que deixam tudo nos dizem que o encontro com o Senhor te tira e te faz sair ao encontro dos outros. Disso depende a qualidade da alegria.
Na "escola de Maria" aprendemos que também a nossa vida, como a dela, é chamada a servir e a dar a alegria, a alegria de Deus que veio habitar entre nós.
Pedimos a Nossa Senhora que mantemos em nós um coração feliz e solícito, que não perde tempo, que tem entusiasmo para correr, mesmo para cima, porque a energia de Deus é sempre maior do que as subidas da vida. Seguimos Maria, aprendemos com ela e nossa vida, como a dela, será uma bênção e um sorriso para todos.
(de uma catequese do Padre Stefano aos jovens da Comunidade)