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Douglas |
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Sou Douglas, tenho 21 anos e venho da Colômbia. Me sinto feliz de compartilhar com vocês meu testemunho, das trevas até a luz.
Desde pequeno sofri muito com a separação dos meus pais. Vivia em um ambiente com muitos conflitos, discussões e faltava paz. Era muito pequeno para compreender tudo o que acontecia no meu redor e fui me enchendo de tristeza, medos, falta de relacionamento com os outros e rancor, que no silencio se fizeram mais fortes. Tenho um pai que sempre foi muito atento, responsável e trabalhador. Não deixava faltar nada em casa. Comecei a escola e não terminei, dava mais importância as outras coisas superficiais. Desinteressado em aprender as coisas que fazem bem.
Tenho um irmão maior, ele se drogava, eu observava quando meu irmão chegava em casa de outra forma, muito diferente, aparentemente "estava tudo bem".
Aos 13 anos escolhi de seguir o exemplo do meu irmão, por curiosidade e para preencher aqueles vazios que carregava dentro de mim, confusões, feridas. Querendo fugir da minha realidade.
Entrei no mundo das drogas com pouca idade, me sentia "livre". Pouco a pouco fui me afundando nas trevas, fazendo coisas erradas. Meu caráter mudou e já não era o mesmo, via que meu pai sofria vendo meu irmão drogado e não sabia como ajudá-lo, e ele não sabia que eu também estava nesse mundo. Ele foi o último em saber, e foi uma grande decepção ver os dois filhos com o mesmo problema.
Meu irmão e eu entramos em uma clínica de recuperação com psicólogos, psiquiatras, medicamentos como metadona, então saímos e aparentávamos ter tudo em ordem, porém, depois de um tempo recai e meu irmão também. Ele entrou no exército e fiquei com meu pai, tínhamos falta de diálogo e ele ainda seguia me ajudando. Rezava, ia na igreja, eu não dava importância em ver como meu pai sofria e não sabia como me ajudar. 
Eu não queria seguir sendo a mesma pessoa, mas era muito difícil de deixar meu pai. Procurei ajuda com minha prima e me convidaram para assistir um colóquio. Era um grupo de famílias e jovens com o mesmo problema que o meu. Chamado "Comunidade Cenacolo", não entendia muito, mas dentro de mim algo me falava que era um bom lugar para mudar minha vida.
Finalmente entrei em comunidade na Argentina e meu pai me acompanhou. Quando cheguei respirava um ar de paz, de amizade verdadeira, de trabalho e o mais importante, a oração. No começo foi muito difícil me adaptar a um estilo de vida novo. Acordar cedo, rezar, trabalhar, compartilhar. Reparei que não somente estou aqui pela droga, mas também para mudar interiormente, eu tinha uma ferida muito grande com minha mãe, do meu passado, graças a Jesus que me falava no coração de pedra que tinha.
Aprendi dizer a verdade, ter confiança em mim mesmo. Passo a passo sem presa, ser feliz com pequenas coisas, não fugir como fazia antes. 
Com um ano e dez meses fui em Colômbia de verifica e vi que todo era diferente, via as coisas com outro sentido, com outros olhos, vi que meu irmão tinha ido embora do exército e continuava se drogando. Convidei ele em comunidade. Tentei transmitir luz para ele, convencê-lo que é o caminho certo. Hoje ele está em comunidade, quando vi ele chegar em Brasil, não conseguia acreditar que minhas orações deram fruto. Me sinto ressuscitado, com minhas lutas de cada dia, fraquezas, tristezas, alegrias, me sinto escolhido por Deus e posso falar para o mundo que sou um milagre de Jesus e Maria. E que sempre vou precisar deles, graças a Deus, a comunidade e a Madre Elvira.
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